sexta-feira, 20 de junho de 2014

Livro: A Culpa é das Estrelas - John Green


Título original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Ano: 2012
Nota: 5/5 + 

"A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos, que consentimos em ser inferiores."

Sinopse (site do livro): Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico.

Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.


"Alguns infinitos são maiores que outros." (página 210)



Essa resenha foi escrita depois de reler o livro A Culpa é das Estrelas pela segunda vez. A primeira vez que li foi em novembro de 2013, e eu não lembro o motivo para não ter escrito sobre ele aqui no blog. Enfim, esse ano eu decidi relê-lo perto da estreia da adaptação do filme e finalmente escrever sobre o livro.

"(...) Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações."
(página 281)

A Culpa é das Estrelas é um livro repleto de amor e frases inspiradoras, que você vai querer anotar e até citar algumas. Mas também tem seus momentos tristes e emocionantes. Conta uma história profunda, escrita de uma maneira simples, com diálogos inteligentes e personagens adoráveis.

" - Por que você está olhando para mim desse jeito?
Ele deu um sorrisinho.
- Porque você é bonita. Eu gosto de olhar para pessoas bonitas, e faz algum tempo que resolvi não me negar os prazeres mais simples da existência humana. (...)" (página 22)

A escrita de John Green é leve, divertida, inteligente, às vezes complicada, mas muito simples, e essa foi umas das razões por eu ter amado o livro: sua escrita diferente e apaixonante, que me acompanhou desde o começo me deixando imersa na história de Hazel e Augustus.

"Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra." (página 118)



Hazel e Gus são maravilhosos. Adorei suas conversas que são sempre muito bem humoradas. Hazel é uma protagonista forte, verdadeira, que aceita sua doença e tenta viver seus pequenos momentos. Ela tem um livro favorito, o Uma aflição imperial, do autor Peter Van Houten. Gus é um personagem apaixonante, charmoso, adepto a metáforas e que quer deixar sua marca no mundo.

"(...) Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma aflição imperial, do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição." (página 36 e 37)

" - Meus medos?
- É.
- Eu tenho medo de ser esquecido (...)" 
(página 18)

Outro personagem que eu realmente amo é o Isaac. Ele é amigo do Gus e da Hazel e tem câncer ocular. Ele me fez rir muito na história e eu gosto demais dele. Eu também adoro os pais da Hazel e os pais do Gus. São personagens ótimos.

" - Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa continuar tendo dois olhos nem que possa evitar ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa." (página 74)

"(...) Nos dias mais sombrios, o Senhor coloca as melhores pessoas na sua vida." (página 32)



Quando eu estava nos últimos capítulos - que são simplesmente muito tristes e bonitos - eu pensei "Meu Deus, eu não vou conseguir escrever uma resenha digna sobre esse livro". Pois é realmente difícil falar ou escrever sobre ele. É uma obra bela e com protagonistas tão verdadeiros, que eu fiquei pensando bastante sobre o que escrever. E ainda acho que não está a altura dessa história que é simplesmente muito perfeita para as minhas humildes palavras. 

" - O mundo não é uma fábrica de realização de desejos." (página 195)

" - Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem." (página 61)

Eu acho o conceito que a atriz Shailene Woodley (que interpreta Hazel no filme) fala sobre o filme, e que também se encaixa no livro, simplesmente perfeito: é uma história de amor sobre duas crianças com câncer, mas não é sobre o câncer.

É exatamente isso. O livro conta uma história de amor entre dois jovens com câncer, mas o câncer não é o foco. Claro que enquanto eu lia, pude entender o lado das pessoas que têm a doença e o lado dos familiares e amigos que convivem com elas.

"(...) as marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes. (...)"
(página 281)

" - Esse é o problema da dor - o Augustus disse, e aí olhou para mim. - Ela precisa ser sentida." (página 63)



É uma história linda e emocionante que conta com personagens reais, inteligentes e que me cativaram desde a primeira página. Com uma escrita jovem e diferente, John Green soube me prender nesse livro que trata de vida, morte e amor. As últimas linhas vão deixar você com lágrimas nos olhos ou um sorriso no rosto (que foi o meu caso). 

"(...) Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. (...)" (página 283)

Vou parar por aqui, pois acho que irei estragar a beleza da obra de John Green com minhas palavras. Apenas recomendo que leiam, pois é um livro que vai fazer você rir, chorar e ainda querer mais, como escreveu o autor Markus Zusak, na capa do livro (no exemplar com o pôster do filme está escrito atrás). Okay? Okay.

"(...) Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso." (página 235)



Essa resenha está completamente recheada com citações do livro. E aqui estão mais algumas:

"O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis." (página 31)

"(...) Eu gostava do Augustus Waters. (...) Gostava de ele ser professor titular no Departamento de Sorrisos Ligeiramente Tortos com duas cátedras no Deparamento da Voz Que Me Deixa à Flor da Pele. E gostava de ele ter um apelido. Sempre gostei de pessoas com apelidos porque você pode escolher como chamá-las: Gus ou Augustus? Eu era sempre só Hazel, uma Hazel univalente." (página 35)

"Talvez o.k. venha a ser o nosso sempre." (página 72)

"(...) Você está tão ocupada sendo você mesma que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é." (página 117)

"(...) não importa quão forte seja o impulso, não importa o quão alto se chegue, não será possível dar uma volta completa." (página 117)

" - Ah, eu não ia me importar, Hazel Grace. Seria uma honra ter o coração partido por você."(página 161)

" - Estou numa montanha-russa que só vai para cima - falou.
- E é meu privilégio e minha responsabilidade seguir nessa montanha-russa até o topo com você - retruquei." (página 197)

" Às vezes parece que o universo quer ser notado." (páginas 201 e 202)

" - Eu te amo no presente do indicativo." (página 243)

"(...) A tristeza não nos muda, Hazel. Ela nos revela." (página 259)  

Assista ao trailer estendido legendado:


O filme estreou nos cinemas dia 5 de junho. Com direção de Josh Boone, na adaptação nossa Hazel e Gus são protagonizados pelos lindos e simpáticos Shailene Woodley e Ansel Elgort. Estou muito ansiosa para assistir!

Abraços e até o próximo post!

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