segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Livro: Cidades de Papel - John Green


Título original: Paper Towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 255 (edição econômica)
Ano: 2013
Nota: 4.5/5

"O para sempre é composto de agoras."

Sinopse (Intrínseca): Em Cidades de Papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.

Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.

Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

"Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um." (página 13)



Diante de várias opiniões negativas sobre Cidades de Papel, eu quis comprar e ler ele para tirar minhas próprias conclusões.

Logo nas primeiras páginas a história me prendeu. O prólogo é demais e isso me deixou animada para continuar a leitura. Então li o primeiro capítulo e não achei grande coisa. Mas o segundo capítulo e todos que incluem a aventura de Q e Margo foram superbacanas. Então depois disso a leitura desandou de novo. Voltou a ficar boa quando as pistas começaram a aparecer. Depois ficou chato, e aí sim melhorou e eu fiquei louca pra saber como tudo acabaria. Aquela parte três é ótima, mas o final chegou e simplesmente estragou com tudo o que o livro estava sendo pra mim. Meu Deus, eu estava amando ele, apesar dos momentos um pouco chatos no meio da história, mas o final foi... foi... decepcionante. Eu queria mais páginas! Eu queria mais história!


"(...) ir embora é uma sensação boa e pura apenas quando você abandona uma coisa importante, algo que tinha um significado. Arrancando a vida pela raiz. Mas só se pode fazer isso quando sua vida já criou raízes." (página 188)

Entretanto, não posso me queixar da escrita do John Green. Jovem, leve, divertida e inteligente. A história narrada por Q é às vezes filosófica. Há momentos extremamente engraçados, alguns que eu só queria passar as folhas, momentos de reflexão do personagem, sobre ele, sobre seus amigos e também sobre a situação em que está vivendo.




Um ponto muito legal no livro é exatamente os personagens. Todos foram me conquistando aos poucos. Q é um garoto legal. Não é todo certinho e nem todo rebelde. Eu gostei dele depois de algumas páginas. Margo foi um problema pra mim. No prólogo e em sua aventura eu gostei dela. Muito até. O final da parte três já não foi o que eu imaginava, então ela chega e acaba com o final. Ben e Radar são simplesmente demais. A amizade com Q é sincera e eu gostaria de conhecer esses caras.


"(...) Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. (...)". (página 249)

Acho que a história, além de mostrar uma amizade bem construída, me mostrou também sobre aceitar as pessoas ao nosso redor.




Ao virar as páginas, me peguei imaginando o que iria acontecer. O mistério na história, além do humor inteligente dos personagens, foi algo que me animou em continuar. Foi instigante, curioso e interessante. Eu queria entender os motivos de Margo.

A leitura de Cidades de Papel foi interessante. Conta uma história inteligente, na minha opinião, e com personagens bacanas. Fora o final, acredito que o livro é bom. Gostei de lê-lo e conhecer ótimas reflexões da parte de Q. Apesar de ter escrito que o final da parte três não foi tudo que eu pensei, marquei várias citações nessas páginas. O final realmente não me deixou dar nota máxima para o livro e virar favorito.

"É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo." (página 184)

Não foi o melhor e nem o pior livro do John Green, mas eu recomendo, pois apesar de ter sido uma leitura com vários níveis bons e ruins, é bastante interessante. 

O livro está sendo adaptado para o cinema, e o ator Nat Wolff interpretará nosso Quentin Jacobsen.

Abraços!

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