quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Livro: Ladrões de Sonhos - Maggie Stiefvater


Esta resenha não possui spoilers, mas se você ainda não leu Os Garotos Corvos, sugiro que não continue lendo esse post. Se você continuar, boa leitura!

A Saga dos Corvos #2
Título original: The Dream Thieves
Autora: Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 431
Ano: 2014
Nota: 5/5 + 

"Às vezes, algumas raras vezes, um segredo permanece desconhecido porque é algo grande demais para a mente guardar. Estranho demais, vasto demais, aterrorizador demais para ser contemplado."

Sinopse (Verus Editora): Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei.

Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan?

Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.



Ladrões de Sonhos é o segundo volume de A Saga dos Corvos, sendo o primeiro Os Garotos Corvos. É escrita tão brilhantemente bem por Maggie Stiefvater e contendo uma ação diferente, sonhos perigosos e um ritmo muito bom.

Apesar de ser mais sombrio e bastante complexo - tinha vezes que eu parava de ler, ou lia de novo, para absorver o que tinha acontecido - , Maggie me envolveu mais uma vez com sua escrita maravilhosa e seus personagens apaixonantes.

Há tensão entre eles, segredos e uma magia absolutamente diferente. Os garotos corvos se veem em uma grande situação, em que se viram uns contra os outros, onde há cenas sombrias e diálogos sérios.



A cada nova informação que Maggie nos jogava, eu ficava imersa em pensamentos. E quando alguns segredos eram revelados, eu ficava tão animada que não via a hora de ler o próximo capítulo. Eles são curtos, te instigando a ler mais e mais.

"Naquele momento, Blue estava um pouco apaixonada por todos eles. Pela magia deles. Pela busca deles. Pela voracidade e pela estranheza deles. Seus garotos corvos." (página 18)

O livro é realmente grande. Suas 431 páginas podem intimidar no começo, pois o primeiro livro, Os Garotos Corvos, não é tão longo assim. Mas rapidamente Maggie te transporta para Henrietta e você não vai querer sair de lá. Pois é delicioso acompanhar Blue e os garotos corvos, as médiuns, e até o Homem Cinzento, que se tornou um personagem muito interessante.

Adam me decepcionou em certos momentos, mas então ele foi lá e reverteu isso. Ronan me surpreendeu, e em certo momento me deixou orgulhosa. Nesse segundo livro o conhecemo melhor, pois o foco é ele, e isso foi muito legal. Gansey foi o amor de sempre. Às vezes mais preocupado com Adam ou Ronan, mas continua o Gansey que está buscando algo, que se empenha nisso. Blue, querida Blue. Ela é incrível. Me surpreendeu e me deixou feliz. É uma linda com seu jeito de ser superoriginal.

Nesse livro tem um personagem que eu detestei. Ele é aquele que estraga tudo.



O humor na trama continua o mesmo. Inteligente. Menos presente do que no primeiro livro, mas sempre muito bacana.

Sabe quando você pensa que o próximo capítulo vai ser chato, mas então você o lê e percebe que foi muito bom? Isso aconteceu diversas vezes.

Maggie é brilhante. Tudo se encaixa, tudo tem um sentido, tudo é instigante e envolvente, curioso e sombrio. Ela sabe como deixar um leitor curioso e ansioso.

Acredito que a Maggie tem um jeito único de escrever. Ela é talentosa, simpática e superoriginal. Ela criou uma mitologia diferente, intensa, mas que tem uma lógica muito legal. Porém, em algum momento descobri que Maggie Stiefvater pode ser cruel.



Quando você chega aos capítulos cinquenta e poucos (o livro tem 63 capítulos + o epílogo), começa a sentir uma pontada de tristeza, pois sabe que logo, logo ele vai terminar.

E no meio de tudo isso, senti falta da linha ley, de Cabeswater, Glandower. O Greywaren me deixou cheia de ideias na cabeça e Noah me deixou por vezes triste.

" - Non mortem - ele sussurrou, estreitando os olhos -, somni fratrem.
- O quê? - sussurrou Blue.
- Não a morte, mas seu irmão, o sono - traduziu Adam." (página 147)

A arte gráfica desse livro está divina. Encontrei alguns errinhos de digitação, mas nada que atrapalhasse a leitura. A Verus Editora está de parabéns, pois o livro está lindo. Adoro a fonte e as cores.

O final, claro, é daqueles que me fazem querer loucamente o próximo livro da série. Preciso de Blue Lily, Lily Blue.


Não imagino mais o que a autora vai criar, e se em Ladrões de Sonhos eu não suspeitava de nada que se desenrolaria, depois do final dele não tenho nenhuma ideia do que virá nos próximos livros. Só sei que não vejo a hora de ler o terceiro. E se você ainda não leu os livros dessa série, me deixe falando aqui sozinha e vai ler, pois são muito bons.

Abraços!

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