sábado, 20 de fevereiro de 2016

DIVERGENTE de Veronica Roth


Divergente #1
Título: Divergente
Título original: Divergent
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 502
Ano: 2012
Nota: 5/5

"UMA ESCOLHA PODE TE TRANSFORMAR".

Sinopse (Skoob)Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma Divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.



Essa é a resenha do meu primeiro livro lido em 2016! Demorou, mas finalmente está aqui a minha opinião sobre o primeiro livro da trilogia Divergente escrita pela Veronica Roth.

A escrita da autora, para mim, teve dois lados. Às vezes a narrativa era ágil, e eu lia sem dificuldades, apreciando os parágrafos em que Tris nos conta sobre ela, sua família, as facções. Mas então as cenas mais detalhadas, como descrições de lugares ou movimentos em lutas, me faziam ler devagar para absorver o que estava diante de mim.



Achei Beatrice Prior um pouco sem graça nos primeiros capítulos, me fazendo pensar "É ela que vai começar uma revolução?". Acho que no filme eu gostei dela desde a primeira cena pois a atriz que a interpreta, Shailene Woodley, ajudou para isso acontecer. Ela é perfeita como Tris.

Mas então, ao longo da iniciação de Tris, fui percebendo um desenvolvimento muito bacana da personagem. Ela é corajosa, esperta, curiosa. Bom, ela é Divergente. Mas o legal é que o desenvolvimento não foi apenas físico, mas o interior dela também mudou. Os sentimentos e traumas pelos quais ela passa são bem profundos e a narrativa em primeira pessoa me fez sentir muitas coisas.

" - Então, eles não vão embora?
- Às vezes vão. E às vezes são apenas substituídos por novos medos. - Ele prende os dedões nas passadeiras de cinto da sua calça. - Mas o objetivo não é perder o medo. Isso seria impossível. Aprender a controlar seu medo e libertar-se dele é o verdadeiro objetivo." - página 251

Quatro é um personagem bem construído que no começo é distante, mas o conhecemos melhor durante a leitura. Ele é durão, mas me surpreendeu com seu lado carinhoso.

O romance, para mim, funcionou bem em um momento, mantendo as coisas equilibradas entre ele e os diálogos interessantes, a iniciação, um pouco de mistério em relação aos Divergentes, algumas cenas tensas. É algo sutil no início, que eu realmente gostei. Mas então senti que a autora focou mais nas cenas românticas, e comecei a achar meloso demais. Mas apesar disso, gosto da relação de Tris e Quatro.



Eu tive um pequeno problema com a demora da ação na história. Eu entendi que a maior parte do primeiro livro da trilogia é a iniciação de Tris e também a nossa introdução e compreensão da distopia e dos personagens. Mas chegou uma hora em que eu não aguentava mais não acontecer alguma coisa para chacoalhar a trama.

Eu ficava esperando as cenas do filme (e concluí, ao final da leitura de Divergente, que o filme está bem fiel, com apenas algumas pequenas mudanças que me incomodaram um pouco). Então a empolgação voltou com a chegada, finalmente, da ação, da correria e as lutas nos últimos capítulos. E claro, com algumas cenas bem tristes.

O cenário da distopia, a sociedade ser dividida em cinco facções, sendo elas Audácia, Erudição, Amizade, Franqueza e Abnegação, cada uma delas priorizando uma aptidão, uma qualidade, como a coragem e a honestidade, me deixou entretida. O fato de os Divergentes serem perigosos, mas sabendo que há mais por trás disso, a guerra entre facções, segredos guardados, sacrifícios e tecnologias, além de uma sociedade com várias regras, me deixou curiosa. O final me manteve interessada para o segundo livro.

"Olhar para mim mesma agora não é como me ver pela primeira vez; é como ver outra pessoa pela primeira vez. Beatrice era uma garota que eu eventualmente via de relance no espelho e que se mantinha calada na mesa de jantar. A pessoa que vejo agora prende o meu olhar e se recusa a libertá-lo; esta é Tris." - páginas 95 e 96

Então apesar da pouca ação em Divergente, me envolvi bastante com o começo da trilogia e seguirei lendo com certeza.

Abraços e até a próxima!

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