quinta-feira, 5 de outubro de 2017

LEITURAS DO MÊS: Agosto 2017


Olá. Vim aqui comentar um pouco sobre as minhas leituras de agosto. Sim, eu sei que já estamos em outubro. Sim, ainda não postei as leituras de setembro. Li três livros em agosto, e foram experiências maravilhosas, por isso mesmo atrasada com as postagens, estou aqui animada para contar sobre os livros lidos. Confira:


AQUI É O MELHOR LUGAR | Cecelia Ahern | Rocco | Nota 5/5 + 

"Neste conto de fadas contemporâneo, Sandy Shortt decide transformar sua obsessão de infância - encontrar coisas e pessoas perdidas - e abre uma agência especializada em achar gente desaparecida. Numa dessas procuras, ela mesma desaparece, caindo num 'mundo mágico' onde encontra praticamente tudo e todos considerados perdidos. Agora, ela tem somente um desejo - voltar para casa." - Skoob

Confesso que estava com medo de a história de Aqui é o Melhor Lugar ser confusa e enrolada, pois li comentários negativos sobre o livro, sobre ele não ser o melhor da autora. Mas eu li para tirar minhas próprias conclusões, pois Cecelia Ahern é uma das minhas escritoras favoritas. E eu amei tanto ter embarcado nessa aventura com a Sandy, conhecido Aqui e me surpreendido com tudo que a autora criou, que o livro se tornou um dos meus favoritos.

Já no começo eu queria favoritar, mas na metade da leitura mudei de ideia. Porém a história tomou um rumo que fez tudo mudar dentro de mim.

Eu achei a história original e instigante, e a escrita da Cecelia Ahern maravilhosa, assim como os diálogos e os personagens, tanto os principais, pois além da Sandy temos outro protagonista em terceira pessoa, que foi muito legal conhecer, e os secundários, que são bem especiais e acrescentam muito à história. Além do que acontece no presente, tanto em Aqui, quanto na Irlanda, somos levados a visitar as lembranças da Sandy, como sua primeira consulta com o analista Gregory, sua juventude e o desaparecimento de Jenny-May.

Uma coisa que eu queria comentar, é que apesar de eu ter amado a história, ainda prefiro as traduções dos livros da autora pela Novo Conceito do que pela Rocco.

Eu queria mais páginas, pois imaginei que aconteceriam mais coisas, e o final é um pouco corrido, mas os últimos capítulos foram incríveis. Foi emocionante e me deixou com o coração apertadinho. Mas a história também foi divertida, intrigante, interessante, abordando um assunto sério que é o desaparecimento de pessoas, sob uma perspectiva diferente e com esperança.

Enfim, Cecelia Ahern me surpreendeu, me deixou curiosa sobre tudo o que estava acontecendo e me ganhou completamente com o final, e apesar de em alguns momentos parecer que a história não andava, eu achei uma delícia de livro, com um enredo diferente e criativo que só Cecelia Ahern sabe criar.


CADÊ A SÍNDROME DE DOWN QUE ESTAVA AQUI? O GATO COMEU... | Elizabeth Tunes e L Danezy Piantino | Autores Associados | Nota 5/5

"Neste livro, são descritas as ações de Lurdinha procurando mostrar que pessoas com síndrome de Down podem desenvolver-se de modo muito próximo ao da normalidade. O livro emociona, propõe questionamentos, indica alternativas. Traduz indignação ante o preconceito e luta contra ele, ao mesmo tempo que traz a esperança de bani-lo pela demonstração de que a deficiência mental na síndrome de Down é socialmente construída." - Skoob

Eu li o livro Cadê a Síndrome de Down que Estava Aqui? O Gato Comeu... para a disciplina de Educação Inclusiva na faculdade. A professora me emprestou um exemplar dela, porém quis ter o meu, e minha irmã fez a compra pela Estante Virtual, já que ela também faz essa disciplina, e adquirimos dois exemplares, sendo que o meu mostro melhor em um Book Haul futuro e atrasado.


"Eu sou convicta. Sinto-me premiada pela oportunidade de ter uma vida com um sentido maior. Por isso, não quero, neste livro, falar da síndrome de Down. Quero falar de amor." - página 5

Quando os relatos sobre Lucio chegaram ao fim, percebi que queria acompanhar mais sobre a vida dele. Admirei muito o amor e dedicação de Lurdinha pelo filho, toda a dinâmica do programa criado por ela, os cuidados, os estímulos.

Adorei a perspectiva das autoras, o modo como o livro foi apresentado, toda a experiência inspiradora de Lurdinha com Lucio.

Algo que ficou marcado em mim, foi que as autoras comentavam que os professores e profissionais viam a Síndrome de Down e não a criança.


"(...) os professores detinham-se diante da síndrome e não conseguiam ver o Lucio." - página 110


O ÚLTIMO ADEUS | Cynthia Hand | DarkSide Books | Nota 5/5

"O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. 

O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante. 

O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes." - Skoob

Eu queria ler O Último Adeus em setembro, por causa do #SetembroAmarelo, mas acabei lendo em agosto e terminei no comecinho de setembro.

Eu amei a escrita da Cynthia Hand. Me surpreendi muito com a protagonista, Lex. Pela sinopse eu imaginei ela uma garota revoltada por conta do que aconteceu. Porém, além de ser sim um pouco rebelde, ela é nerd, ama matemática, usa óculos e teve um relacionamento muito fofo com o amigo dela, Steve. Eu gostei dos personagens, do leve humor que a autora colocou na história, do ritmo dela, do suspense. É uma história sobre perdas, luto, culpa, perdão, seguir em frente.

Trata de um assunto difícil, que é o suicídio, mas com tanta delicadeza, que apesar do tema, para mim, foi uma leitura gostosa de fazer, pois a autora soube escrever muito bem sobre o assunto. Livros assim são necessários.

É emocionante, importante, e no final tem uma parte que eu não conseguia ler direito e ficava parando e voltando a ler.

Eu gostei muito do final, e antes de chegar nele, eu estava certa de que iria favoritar, pois é um livro incrível, que mostra como a família e amigos de uma pessoa que cometeu suicídio seguem depois da perda. Mas eu queria mais do final. Só isso. Recomendo muito.

Abraços e até a próxima!

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